quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ao todo, 163 fundos têm R$ 521,6 milhões em ativos da Oi, afirma consultoria


Um total de 163 fundos acumula volume de R$ 521,6 milhões em exposição a ativos da Oi, de acordo com estudo da consultoria Economática divulgado nesta terça-feira (21). A operadora Oi entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira (20) para dar início a uma nova rodada de negociação, agora com proteção judicial contra falência. Segundo o levantamento, a maior alocação — R$ 276,7 milhões — está em uma debênture (título de dívida emitido por empresas) com vencimento em 28 de março de 2019. Em seguida vem outra debênture, com R$ 230,1 milhões e vencimento em 28 de dezembro de 2018. As gestoras de bancos públicos têm a maior exposição em ativos da operadora. A BB DTVM, do Banco do Brasil, tem a maior posição, com R$ 403,94 milhões. Desse valor, R$ 400,7 milhões estão alocados em debêntures. A gestora da Caixa possui R$ 106,24 milhões — praticamente tudo em debêntures. Ambas são as únicas com posições nesses títulos emitidos pela Oi. Ao todo, R$ 11,3 milhões estão alocados em ações ordinárias — com direito a voto —, enquanto R$ 10,1 milhões estão em ações envolvidas em estratégia short (alugada de outro investidor e vendida com objetivo de recompra futura e entrega ao proprietário original). Ações ordinárias respondem pela maior parte do valor envolvido na estratégia, com R$ 6,62 milhões. Com uma dívida de R$ 65,4 bilhões, o processo de recuperação da Oi corre no Rio de Janeiro e é o maior da história no Brasil. A Oi é a maior operadora do Brasil em telefonia fixa, empatada com a Vivo (cada uma tem participação de 34,4%), e a quarta em celular, com 18,6% do mercado. A maior parte da dívida da Oi é financeira (cerca de R$ 50 bilhões). Entram ainda na conta cerca de R$ 14 bilhões em contingências - como multas da Anatel e discussões judiciais - e cerca de R$ 1,5 bilhão para fornecedores.

Nenhum comentário: