O julgamento contra dois sobrinhos da primeira-dama da Venezuela, acusados de traficar cocaína, começará em novembro. A data foi decidida em uma audiência preliminar realizada na quinta-feira em um tribunal de Nova Iorque. Efraín Antonio Campo Flores e Francisco Flores Freitas compareceram ao tribunal federal de Manhattan. O juiz Paul Crotty disse aos acusados que uma terceira parte não identificada está custeando seus gastos legais, e advertiu sobre um "autêntico perigo" de conflito de interesses, caso este terceiro privilegie interesses contrários a um deles ou a ambos. O magistrado perguntou repetidamente aos réus, que seguiram a audiência através de um intérprete, se compreendiam as suas observações. "Sim, compreendo", responderam em espanhol os dois acusados, que vestiam uniformes pretos de prisioneiros. Ambos - filhos de irmãos de Cilia Flores, mulher do ditador venezuelano, Nicolás Maduro - foram detidos em novembro no Haiti e trasladados a Nova Iorque por agentes da DEA. Com 29 e 30 anos na época, ambos foram acusados de conspirar para entrar ilegalmente com, ao menos, 5 kg de cocaína nos Estados Unidos. Também são acusados de participar de reuniões para planejar outro embarque de cocaína nos Estados Unidos através de Honduras. Se forem considerados culpados, podem ser condenados à prisão perpétua. Até agora eles se declararam inocentes. Está previsto que os preparativos para o julgamento sejam concluídos em 5 de agosto. O governo venezuelano não deu declarações a respeito das acusações. Em fevereiro, a primeira-dama disse que vai "esperar que a justiça fale", e que depois terão "muito o que falar". Funcionários americanos afirmam que grande parte da cocaína que é produzida na Colômbia pela organização terrorista narcotraficante Farc passa pela Venezuela antes de ser enviada aos Estados Unidos e Europa.
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