segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quênia queima 105 toneladas de marfim contra a caça de elefantes


O presidente do Quênia colocou fogo no sábado (30) em 105 toneladas de marfim, a maior quantidade de "ouro branco" já incinerada de uma única vez. A destruição foi um ato simbólico na luta contra a caça ilegal de elefantes. Diante de câmeras de todo o mundo, o presidente Uhuru Kenyatta e seu colega gabonês, Ali Bongo Ondimba, usaram tochas para incendiar as pilhas de chifres em meio ao Parque Nacional de Nairóbi. Os dois países concentram metade dos elefantes que vivem nas selvas africanas. Atualmente, entre 450 mil e 500 mil elefantes vivem na África. Anualmente, cerca de 30 mil elefantes são mortos por caçadores em busca do marfim. O tráfico do "ouro branco" se apoia principalmente na demanda asiática, em especial da China, onde o quilo é comprado por cerca de 1 mil euros. Ao total, dez pirâmides de marfim e uma pilha de chifres de rinocerontes foram queimadas. 


"Ninguém, repito, ninguém deve comercializar o marfim, porque este comércio é sinônimo de morte para nossos elefantes e de morte para nosso patrimônio natural", disse Kenyatta, durante a cerimônia destinada a promover a luta contra a caça ilegal de elefantes, além da proibição ao comércio de marfim. Os 16 mil chifres queimados representam quase toda a reserva de marfim queniana, feita em 1989, quando o comércio internacional foi proibido. Apesar do ato simbólico, o marfim levará dias para ser incinerado. O material só queima integralmente sob temperaturas muito elevadas. Assim, o governo queniano vai injetar uma mistura de diesel e querosene dentro das pirâmides para alimentar as chamas.  

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