sábado, 28 de maio de 2016

PDT tentará expulsar Giovani Cherini na segunda-feira por ter votado pelo impeachment da petista Dilma Roussef


O líder da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Giovani Cherini, será julgado pela Comissão de Ética do Partido Democrático Trabalhista (PDT), na próxima segunda-feira, 30, no Rio de Janeiro. O parlamentar e outros cinco deputados federais estão sendo acusados de desrespeitar uma orientação partidária ao votarem "Sim" à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorrida no dia 17 de abril, na Câmara dos Deputados. O que ocorre, é que Giovani Cherini teve a sua expulsão pelo PDT Nacional dois dias antes da votação, em uma reunião realizada no dia 15 de abril, em Brasília, quando foi aprovado um “ex oficio”. Conforme ata do encontro, o parlamentar se manifestou publicamente em relação ao seu voto favorável ao impedimento da presidente da república. “A minha expulsão ocorreu de forma antecipada ao voto e sem direito de defesa. É uma grande injustiça”, afirma Giovani Cherini. O deputado federal mais votado na história do PDT no Rio Grande do Sul (115.294 votos nas eleições de 2014), entregou sua defesa para a Comissão de Ética no dia 9 de maio. Entre os argumentos, alega que a sua manifestação de voto "Sim" não se caracteriza como infidelidade partidária, pois este tema não diz respeito aos princípios doutrinários e pragmáticos e diretrizes estabelecidas pelo partido. Também lembrou que votou com a sua consciência e pela vontade da ampla maioria de seus eleitores. “O povo brasileiro está cansado de corrupção e roubalheira. O PT sempre pregou que era o pai da ética e a mãe dos pobres e o que se verificou foi que os governos Dilma/Lula foram os mais corruptos da história, com a maior pobreza da história, com 11 milhões de desempregados e com 47 milhões de pessoas recebendo o Bolsa Família”. Giovani Cherini acredita que a confirmação do impeachment prevista para o final do mês de agosto seja o começo da depuração e o fim da corrupção no Brasil. “Votei SIM para tirar as pessoas do poder e para ver na cadeia todos que estão metidos em ladroagem”, salientou o líder da bancada Gaúcha. Em anexo ao processo de defesa do pedetista constam as manifestações de apoio recebidas e as manifestações de repúdio ao posicionamento da executiva nacional do partido. “Recebi centenas de mensagens de prefeitos, vereadores e diretórios municipais do PDT no Rio Grande do Sul. Essas manifestações foram encaminhadas à executiva nacional e estadual”, disse o parlamentar que afirmou que votou “com o PDT e a sua base”. Giovani Cherini é filiado ao PDT há 28 anos. Pelo partido, está em seu segundo mandato como deputado federal e já exerceu quatro mandatos de deputado estadual, sendo o presidente da Assembleia Legislativa Gaúcha em 2010.

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