A colunista Eliane Cantanhêde revela nesta sexta-feira no jornal que o comandante do Exército, Eduardo Villas Boas, irritou-se muito com os termos da resolução aprovada esta semana pelo PT, no ítem que toca nas relações dos governos Lula e Dilma com as Forças Armadas. Na resolução, o PT faz mea culpa por não ter aparelhado Exército, Marinha e Aeronáutica: 1) modificação dos currículos das academias militares; 2) promoção de oficiais com "compromisso democrático e nacionalista", portanto simpáticos ou seguidores do lulopetismo. O comandante disse que o tom usado pelos petistas é bolivariano e aprofunda o sentimento anti-petista existente nas Forças Armadas. Assim é que Lula, Dilma e o PT gostariam de ver o Exército do Brasil. No trecho que atraiu a atenção do Comandante do Exército, o partido de Lula e Dilma mostra o que os lulopestistas pretendiam trazer para as instituições estatais a doutrina da organização criminosa lulopetista: “Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da informação…”. Nas últimas eleições a oposição dos militares à candidatura Dilma foi evidente. Setores da reserva se manifestaram seguidamente contra a esquerda nacional e sua sanha por reescrever o passado do Brasil a sua maneira. Veja a coluna de Eliane Catanhêde: "PT irrita Exército - O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, reagiu com irritação à Resolução do Diretório Nacional do PT sobre Conjuntura, aprovada na última terça-feira, em que o partido, em meio críticas à própria atuação e ao governo Dilma Rousseff, incluiu um “mea culpa” por não ter aproveitado seus 13 anos no poder para duas providências em relação às Forças Armadas: modificar o currículo das academias militares e promover oficiais com “compromisso democrático e nacionalista”. “Com esse tipo de coisa, estão plantando um forte antipetismo no Exército”, disse o comandante, considerando que os termos da resolução petista - e não apenas às Forças Armadas - “remetem para as décadas de 1960 e de 1970″ e têm um tom “bolivariano”, ou seja, semelhante ao usado pelos regimes de Hugo Chávez e agora de Nicolás Maduro na Venezuela e também por outros países da América do Sul, como Bolívia e Equador. Segundo o general Villas Boas, o Exército, como Marinha e Aeronáutica, atravessam todo esse momento de crises cumprindo estritamente seu papel constitucional e profissional, sem se manifestar e muito menos sem tentar interferir na vida política do país. Ele espera, no mínimo, reciprocidade. Além dele, oficiais de altas patentes se diziam indignados contra a resolução do PT. Há intensa troca de telefonemas nas Forças Armadas nestes dois últimos dias. Eis o parágrafo da Resolução do PT que irritou o Exército, na página 4 do documento: “Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da informação".
Nenhum comentário:
Postar um comentário