Há coisas que só têm chance de acontecer em um regime petralha. Uma das últimas medidas do breve Eugênio Aragão no Ministério da Justiça foi colocar o superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, Sergio Menezes, à disposição do governo de Fernando Pimentel — que é alvo de um processo no Superior Tribunal de Justiça aberto a partir de uma operação da própria Polícia Federal, a Acrônimo. A manobra, vista pela Polícia Federal como uma tentativa de melar a Operação Acrônimo, vinha sendo tentada por Aragão há meses, mas o diretor-geral da instituição, Leandro Daiello, se recusava a endossá-la. Na saideira, Aragão colocou o superintendente de Minas Gerais à disposição de Fernando Pimentel à revelia de Daiello. A questão agora é saber se Menezes vai aceitar ocupar algum cargo no governo do petista, cuja investigação comandava até aqui. Ou se o ato vai ser convalidado pelo governo de Michel Temer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário