É certo que o governo Michel Temer concederá mesmo moratória de um ano para os governadores que devem à União. É o caso do Rio Grande do Sul. O governo Temer também repactuará os termos da dívida, cujos índices de correção e juros são considerados impagáveis. Caso isto se confirme (a moratória de um ano), o governador Ivo Sartori conseguirá reter em seus cofres a quantia nada desprezível de R$ 2,5 bilhões em 2016, que são os R$ 840 milhões que ele não pagou de três meses (março, abril e maio), mais R$ 1,7 bilhão do restante do ano. O valor cobre mais da metade do déficit fiscal previsto pelo governo estadual para este ano, o que permitirá que o governo trabalhe com mais empenho para forçar reduções drásticas de despesas e empreenda movimentos para buscar mais receita, como já fez quando aumentou o ICMS, além de animar investimentos via novos empréstimos (a margem do governo gaúcho será ampliada), desmontes de ativos e concessões de obras e serviços. Na reunião com senadores da base, Romero Jucá (Planejamento) antecipou aos aliados que a equipe econômica exigirá contrapartidas dos Estados em troca da moratória de suas dívidas, mantendo as linhas gerais da proposta feita lá atrás pelo governo Dilma. O ministro afirmou no encontro que os governadores terão de se comprometer a não aumentar o salário de seus servidores; reajustar as alíquotas de contribuição previdenciária estadual e não promover concursos públicos.
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