Milhões de eleitores foram às urnas de Connecticut, Delaware, Maryland, Rhode Island e Pensilvânia, em uma nova Superterça, na qual os favoritos para serem os candidatos dos partidos Democrata e Republicano em novembro confirmaram seus prognósticos mais otimistas. Nos estados no Norte da Costa Leste, Donald Trump foi projetado vencedor em Pensilvânia, Maryland, Connecticut logo que as urnas fecharam, e depois foi dado como vencedor em Rhode Island e Delaware. Já Hillary Clinton levou Pensilvânia, Maryland e Delaware. Matematicamente, é impossível para Hillary e Trump alcançar o número de delegados necessários para obterem a indicação de seus partidos com a alocação dos já conquistados durante o dia. No entanto, o grande número de representantes em jogo pode aproximá-los da meta, já que os dois eram favoritos nos estados desde o início das apurações. Do lado republicano, foram 172 delegados em jogo. Na Pensilvânia, o maior prêmio do dia, Trump testou com sucesso sua campanha recentemente reformulada. Mas só 17 dos 71 delegados republicanos em disputa no estado são concedidos ao vencedor da eleição estadual. O restante — pessoas que são escolhidas diretamente pelos eleitores — são agentes livres, que podem apoiar qualquer um que desejarem na Convenção Nacional Republicana, em julho. A vantagem de Trump nos cinco estados levou seu maior rival, Ted Cruz, e John Kasich, o terceiro pré-candidato republicano na corrida, a anunciarem uma aliança anti-Trump. Para Cruz e Kasich, a única alternativa é impedir que Trump alcance o número de delegados necessários, levando a disputa para a convenção. Com a vitória em massa, Trump se aproxima dos mil delegados e fica perto dos 1.237 necessários. Melhor ainda agora, que uma pesquisa da NBC News o coloca pela primeira vez com 50% de intenção de votos entre eleitores republicanos. Já a favorita pelo lado democrata, Hillary, tenta dar um golpe certeiro em seu rival, Bernie Sanders, e ficar perto da indicação em sua tentativa de se tornar a primeira mulher presidente dos EUA. São 463 delegados distribuídos proporcionalmente. "Vamos trabalhar duro até o fechamento das urnas", disse a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama, em Filadélfia, na Pensilvânia. Sanders resiste à crescente pressão do Partido Democrata para deixar a campanha. Com 1.241 delegados antes da contagem do dia, ele está longe dos 1.954 de Hillary. Os candidatos precisam atingir 2.383 delegados para garantir a indicação na Convenção Democrata, em julho. "Quando começamos a campanha, a mídia disse que não deveríamos ser levados a sério. Muita coisa mudou desde então", disse ele, indicando que seguirá firme na briga, mas reconhecendo não ter sido favorecido pelas circunstâncias: "Eu seria o candidato mais bem preparado contra Trump se o sistema não estivesse organizado contra mim".
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