O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou, em caráter liminar, pedido de habeas corpus apresentado pelo ex-senador Gim Argello, preso no dia 12 durante a 28ª fase da Operação Lava Jato. O ex-parlamentar é suspeito de receber propina para barrar os trabalhos de CPIs instaladas para investigar irregularidades na Petrobras. Os indicativos são de que Argello recebeu dinheiro das empreiteiras OAS e UTC para impedir que empresários fossem convocados para prestar esclarecimentos. Embora a defesa do ex-senador tenha alegado que sua influência política teria cessado com o fim do mandato, o desembargador João Pedro Gebran Neto afirmou que existem provas que ligam o ex-congressista ao funcionamento da CPI da Petrobras. A participação decisiva de Gim Argello sobre o futuro das investigações nas comissões de inquérito foi revelada nas delações premiadas do dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e do ex-diretor da companhia, Walmir Pinheiro Santana. "É perturbador ver que o investigado, na condição de membro da CPI, deveria agir na apuração de tais ilícitos, mas age à margem da lei e da confiança depositada por seus eleitores", disse Gebran ao negar o pedido.
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