quinta-feira, 28 de abril de 2016

Técnicos da Secretaria da Fazenda instalam painel em Porto Alegre para medir a sonegação do ICMS


A partir desta quinta-feira, quem passar pela Avenida Assis Brasil, na altura do número 4.101, em Porto Alegre, verá um placar eletrônico que mostra, em tempo real, quanto o Rio Grande do Sul deixa de arrecadar devido à sonegação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo gaúcho. O Sonegômetro foi lançado pelo sindicato Afocefe, entidade que reúne os técnicos tributários da Receita do Estado. "Levamos o Sonegômetro para a rua para que o cidadão comum crie consciência. Estamos construindo um caldo de cultura para que se discuta esse assunto. O placar eletrônico retira o tapete, expõe os resultados da sonegação", explica o presidente do Afocefe, Carlos De Martini Duarte. Inspirado no Sonegômetro Nacional, desenvolvido pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), o contador gaúcho conta com uma versão online desde dezembro do ano passado. "Para nós, não existe corrupção sem sonegação. Fizemos um convênio com o Sinprofaz, que já vinha realizando estimativa da sonegação no Brasi", comenta De Martini. O sindicato Afocefe afirma que, somente em 2015, o Rio Grande do Sul deixou de arrecadar R$ 7,8 bilhões devido à sonegação de ICMS. De janeiro a abril deste ano, as perdas já superam R$ 2,3 bilhões. Os fiscais do ICMS da Secretaria da Fazenda, que mandam no governo e nas contas públicas, transformadas em uma grande caixa preta, eliminaram quase toda ação de fiscalização nos últimos anos. Apesar de terem uma polpuda gratificação pelo uso de veículo particular, o único veículo que os fiscais do ICMS pilotam é a cadeira de rodinhas, entre a mesa e o cafézinho.

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