O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, de 83 anos, preso em regime domiciliar em Nova York, conseguiu nesta terça-feira (26) autorização da Justiça americana para ter uma saída de casa a mais semanalmente. O juiz federal Raymond Dearie atendeu a pedido de um dos advogado do ex-dirigente, Charles Stillman, para flexibilizar as condições da prisão domiciliar. Assim, Marin poderá sair de casa nas tardes de quinta-feira, durante até quatro horas. Na quarta-feira passada (20), o pedido da defesa de Marin alegou que ele precisava "tomar ar fresco, limpar sua cabeça, caminhar com sua esposa e ser 'apenas uma pessoa'". Em uma segunda carta, apresentada no mesmo dia, porém mais tarde, Stillman retirou a frase e disse que Marin queria "ter atividade recreativa, como caminhadas" em um raio não maior do que 3 km de seu apartamento na Trump Tower e sempre acompanhado de segurança. Até então, ele só podia sair de casa acompanhado por segurança privada para se encontrar com advogados, participar de audiências, ir uma vez por semana ao mercado e outra à igreja. Em março, Marin conseguiu uma pequena vitória ao se livrar da escolta de seguranças privados 24 horas por dia, sete dias por semana, após pagar fiança de US$ 200 mil em espécie à Justiça americana. Uma despesa a menos: custava-lhe US$ 90 mil mensais a escolta obrigatória na prisão domiciliar – um apartamento avaliado em US$ 2,5 milhões a duas quadras do Central Park. O ex-presidente da CBF foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro de 2015, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições. Marin se declara inocente. A Justiça dos EUA adiou no último dia 13 a decisão sobre a data do julgamento de Marin e de outros cartolas acusados de envolvimento no escândalo de corrupção da Fifa. De acordo com o procurador Evan Norris, o julgamento voltou à "estaca zero" após o juiz Raymond Dearie não dar aval para o julgamento ser realizado na data de 27 de fevereiro de 2017, inicialmente proposta pela Procuradoria de Justiça dos Estados Unidos. A próxima audiência foi marcada para 3 de agosto, e nos próximos dias o juiz deverá fixar data-limite para movimentações jurídicas menores, como prazo para petições.
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