Com a posse de José Serra no ministério de Michel Temer, quase certamente no comando do Ministério das Relações Exteriores, sua vaga no Senado Federal será assumida pelo suplente José Anibal, um político muito experimentado, um homem de esquerda com viés liberal. José Aníbal Peres de Pontes nasceu em Guajará-Mirim, Rondônia, no dia 9 de agosto de 1947). Ele é economista. Filho de um rico comerciante cearense e uma descendente de espanhóis, mudou-se quando criança para o Rio de Janeiro e depois para Belo Horizonte. Nesta cidade, foi amigo de adolescência da petista Dilma Roussef com quem estudava matemática depois das aulas. Com a instauração do regime militar, ambos iniciaram a militância política como membros da Organização Revolucionária Marxista Política Operária, também conhecida como POLOP, um grupelho trotskista. José Aníbal afirma que nunca participou de ações armadas, mas admitiu ter escondido armas e emprestado o seu carro para a organização em que militava. Ameaçado de prisão, José Aníbal partiu para o exílio em 1973, tendo vivido no Chile e naFrança , onde concluiu seus estudos em economia. Em 1979, voltou ao Brasil e foi morar em São Paulo. Foi um dos fundadores do PT, mas saiu deste partido depois de um ano indo para o PMDB . Recebeu convite de Mario Covas para se filiar ao PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) em 1989. Foi presidente nacional do PSDB e líder na Câmara dos Deputados por quatro vezes, duas delas, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, liderou a bancada governista na aprovação de várias reformas constitucionais incluindo a emenda constitucional que permitiu a reeleição aos ocupantes de cargos no Poder Executivo após 1998. Disputou sete eleições. Em 2002, obteve aproximadamente 5 milhões de votos para o Senado e, em 2004, foi o vereador mais votado de São Paulo. Eleito cinco vezes consecutivas como deputado federal, sua atuação foi decisiva na articulação para aprovação e implantação do Plano Real – o que pôs fim ao ciclo inflacionário e estabilizou a economia. Como secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de São Paulo, entre 1999 e 2001, expandiu o ensino técnico e profissionalizante de São Paulo, criando, entre outras, uma Fatec na zona leste da capital – modelo adotado e expandido até os dias atuais, preparando jovens para a sua inserção qualificada no mercado de trabalho. Em 2011, licenciou-se como deputado federal para assumir a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. Como secretário, conseguiu expressiva melhoria nos serviços de distribuição de energia para a população, reduzindo o tempo e a frequência de interrupções no fornecimento de energia. Com sua atuação, as reclamações do setor elétrico em São Paulo caíram da 4ª posição em total de queixas para 11ª. Coordenou também a elaboração do Plano Paulista de Energia, que prevê o alcance de 69% de fontes renováveis na matriz energética do Estado de São Paulo, até 2020. Na eleição de 2014, foi eleito primeiro-suplente de José Serra para o Senado Federal. Em 14 de julho de 2015, assumiu a presidência nacional do Instituto Teotônio Vilela, órgão de formação política do PSDB.
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