sábado, 2 de abril de 2016

Jornalista petista comunista sugere enterrar uma picareta na cabeça da também esquerdista Luciana Genro



Um comentário do jornalista petista e comunista Breno Altman, diretor editorial do site "Opera Mundi", a respeito da comunista Luciana Genro, uma das principais lideranças do Psol (Partido Socialismo e Liberdade), causa polêmica na internet desde a tarde de terça-feira (29). Em seu perfil no Facebook, o petista comunista Altman afirmou que "o tratamento que deveria ser aplicado a casos como o de Luciana Genro teria sido muito bem definido em 1940" — em uma clara referência à morte do dissidente soviético León Trótski, assassinado em agosto de 1940 a mando do adversário Josef Stálin, então ditador da União Soviética, pelo comunista Ramon Mercador, que foi pessoalmente escolhido para a tarefa pela dirigente comunista espanhola Dolores Ibarruri, a "Passionária". O incidente todo é muito bem narrado no livro "A segunda morte de Ramon Mercador", do escritor franco-espanhol . A fala polêmica foi precedida por uma outra postagem, em que o jornalista reproduzia a nota do Psol contestando declarações da comunista Luciana Genro ao jornal Folha de S. Paulo, em entrevista publicada na terça-feira. Na entrevista, a comunista Luciana Genro afirmava ser contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas disse que o PT tenta se fortalecer com a tese do medo. Ela disse ainda não achar que o juiz Sergio Moro seja um fascista. O post do jornalista foi interpretado pelos internautas e pelo partido como uma incitação de violência contra a comunista Luciana Genro, e recebeu uma enxurrada de comentários críticos, que o chamavam de stalinista, fascista e misógino. Na quinta-feira (31), Altman, que é defensor do governo Dilma e amigo do bandido petista mensaleiro e corrupto José Dirceu, fez nova postagem em seu perfil, intitulada "explicando a piada", em que diz ter sido mal interpretado, e pediu desculpas, mas afirmou não poder tolerar "a tentativa alucinada de apresentar a piada que recontei como incitação ao assassinato de Luciana Genro, ato de misoginia ou gesto de intolerância". "Nos meus tempos de movimento estudantil, entre os anos 70 e 80, os grupos trotsquistas costumavam celebrar suas vitórias em eleições e assembléias com eufóricos gritos de "Leon, Leon, Leon!", enaltecendo o sócio-fundador de seu clube. Os comunistas não deixavam barato e respondiam em alto e bom som: "Ramon, Ramon, Ramon!", homenageando o agente soviético que liquidou Trotsky no México", disse o jornalista no post: "Era puro e divertido rito de enfrentamento simbólico, que quase sempre terminava em risos e cervejas, mesmo que antes ocorresse alguma troca de tapas". Divertido uma ova, as diversões na esquerda sempre terminam em sangue, literalmente, como eles prometem em suas contendas "simbólicas". Ramón Mercader enterrou um machadinha de alpinismo no crânio de Leon Trotsky. Já para Luciana, que se manifestou também pelo Facebook, na quinta-feira, o comentário do jornalista petista comunista Altman mostra que "os stalinistas nunca desistem de liquidar seus opositores, e acham até mesmo que se pode fazer piada com isso. E ainda se dizem em defesa da democracia. Isto sim é uma piada", e atacou o jornalista dizendo não estar surpresa que nada vindo de um "defensor dos envolvidos no Mensalão" a surpreende e que "a vida se encarregará de colocar Breno Altman no seu devido lugar". O setor de mulheres do Psol também publicou, em seu site, uma nota de repúdio à postagem do petista comunista Altman, voltando a ressaltar que não compartilha da opinião de Luciana com relação ao governo. "É absurda qualquer declaração que faça alusão ao assassinato de uma liderança política, ainda por cima disfarçada numa suposta carga de humor, típico recurso utilizado para perpetuar preconceitos".

Nenhum comentário: