sexta-feira, 1 de abril de 2016

Empresário lixeiro Ronan Maria Pinto envolvido no caso do assassinato de Celso Daniel usou dinheiro do Petrolão para comprar jornal em Santo André


Um dos pontos-chaves da 27ª fase da Operação Lava Jato, a Carbono 14, deflagrada nesta sexta-feira, foi a identificação de um pagamento de 6 milhões de reais endereçado ao empresário lixeiro paulista Ronan Maria Pinto. O dinheiro veio do empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais que o pecuarista José Carlos Bumlai contraiu com o Banco Schahin, a pedido do PT, em 2004. Empresário com diversos negócios na região do ABC paulista, Ronan Maria Pinto é apontado pelo Ministério Público de São Paulo como um dos participantes do esquema de corrupção instalado em Santo André (SP) durante a administração corrupta de Celso Daniel (PT), que foi assassinado (queima de arquivo) em 2012 em circunstâncias ainda misteriosas. Em novembro do ano passado, o empresário lixeiro Ronan Maria Pinto foi condenado a dez anos de prisão pela 1ª Vara Criminal de Santo André por participação em um esquema de cobrança de propina de empresas de transporte contratadas pela gestão do prefeito petista. Na mesma decisão, também foi sentenciado o petista Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. Segundo o procurador da força-tarefa da Lava Jato, Diogo Castor, há indícios de que Ronan tenha usado parte do dinheiro para comprar as ações do Diário do Grande ABC, do qual se tornou o principal controlador. O periódico também foi alvo de buscas e apreensão nesta sexta-feira. "O dinheiro foi repassado do Schain diretamente para o empresário que estava vendendo as ações", afirmou Castor. 

Nenhum comentário: