O advogado Paulo Roberto Baeta Neves, citado na operação Lava Jato por movimentações financeiras suspeitas, morreu na noite desta sexta-feira (1º) no Distrito Federal. A causa da morte não foi informada. O sepultamento ocorreu hoje, no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Neves tinha 78 anos e lidava com problemas de saúde desde o ano passado. Em maio de 2015, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, autorizou a quebra de sigilo bancário de Paulo Baeta Neves para apurar as supostas movimentações, feitas entre 2008 e 2011. Na mesma decisão, Teori também quebrou os sigilos bancário e fiscal do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e de Luís Carlos Batista Sá. O inquérito também envolve o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele e Aníbal foram citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como responsáveis pelo apoio político que o mantinha no cargo, supostamente em troca de ajuda para o PMDB. Costa foi condenado em vários processos por envolvimento no suposto esquema de pagamento de propinas em contratos da Petrobras. Nesse inquérito, o STF apura a origem e o destino de um depósito de R$ 5,7 milhões recebido pelo escritório de Baeta Neves em 2008. Em depoimento à Polícia Federal, Paulo Roberto Costa afirmou que o valor poderia ser relacionado a propina paga aos parlamentares pelo Sindicato dos Práticos – profissionais que orientam os navios atracados nos portos.
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