Prevista para esta quinta-feira (14), a reunião dos acionistas de Belo Monte, marcada para encontrar maneiras de forçar a Eletrobras a comprar a energia excedente da usina hidrelétrica, foi cancelada. Os acionistas da Norte Energia, concessionária de Belo Monte, devem marcar uma nova data. O contrato entre a Eletrobras e a Norte Energia prevê a preferência de compra e venda caso a concessionária não consiga vender essa sobra (que representa 20% do total da energia) para o mercado livre – segmento em que as empresas compram e vendem eletricidade diretamente, sem a necessidade de leilões. O custo dessa operação para a Eletrobras pode chegar a R$ 1,2 bilhão por ano até o final da concessão, em 2045. Consta no acordo, firmado em 13 de abril de 2011, que a Eletrobras se compromete a comprar a energia por R$ 130 por megawatt-hora, cerca de 65% acima do que foi negociado à época do leilão, em 2010. Hoje, esse valor está próximo de R$ 180 por MWh, devido à correção pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), prevista no acordo. Essa preferência, no entanto, só pode ser exercida pela Norte Energia desde que a Eletrobras seja notificada com 180 dias de antecedência e desde que a usina não entrado em operação comercial da usina. Atualmente, nenhuma turbina entrou em operação comercial, mas apenas na chamada "pré-operação comercial". Nessa fase, uma das etapas de teste, a empresa gera energia e é paga por isso, mas não tem validade para o cumprimento dos contratos de fornecimento.
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