O grupo Randon confirmou nesta segunda-feira que paralisou a construção da nova fábrica em Araraquara (SP), planejada originalmente para entrar em operação no primeiro trimestre deste ano. A unidade já recebeu investimentos de R$ 60 milhões, de um total previsto de R$ 100 milhões, e a conclusão do projeto, quando retomado, levará mais seis meses. A fábrica será focada na produção de vagões ferroviários, único segmento que registrou alta de vendas no ano passado, mas a Randon entendeu que neste momento não faz sentido "esvaziar" a unidade principal, em Caxias do Sul (RS). A empresa também decidiu encerrar a produção de semirreboques rodoviários em Guarulhos (SP) no dia 8 de abril. Em Guarulhos, onde produzia implementos leves desde 1965, a Randon manterá apenas as áreas comercial e de suporte. Os 130 funcionários da unidade serão demitidos. A direção do grupo gaúcho informou que, com a crise, a fabricante de implementos rodoviários, vagões ferroviários e autopeças prevê investir apenas R$ 60 milhões em 2016, ante R$ 161,6 milhões no ano passado. As projeções para este ano incluem receita líquida consolidada de R$ 3,2 bilhões, ou R$ 100 milhões a mais do que em 2015, com US$ 290 milhões em receitas de exportações e das controladas no Exterior, ante US$ 301 milhões no exercício passado. Em 2015 o grupo teve R$ 66,4 milhões em despesas com a redução do quadro de 10,7 mil para 8,5 mil funcionários, que impactaram negativamente a geração de caixa. Em 2015, a Randon teve prejuízo consolidado de R$ 24,6 milhões, contra o lucro de R$ 202 milhões apurado em 2014. A receita líquida caiu 18%, para 3,099 bilhões, e a margem bruta baixou de 25% para 20,7%. O Ebitda anual caiu 67%, para R$ 161,9 milhões, enquanto o indicador ajustado pela exclusão dos efeitos não recorrentes recuou 47,4%, para R$ 258,2 milhões.
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