A Polícia Federal apresentou nesta terça-feira o indiciamento do ex-marqueteiro do PT, João Santana, da mulher dele, Monica Moura, e de outros seis investigados na 23ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Acarajé. Eles foram indiciados por lavagem de dinheiro, corrupção passiva, organização criminosa e manutenção de depósitos no exterior não declarados. Foram indiciados também:o lobista Zwi Skornicki, pelos crimes de manutenção de contas no Exterior não declaradas e por corrupção ativa; Eloisa Skornicki, por manter contas no Exterior não declaradas e por corrupção ativa; Bruno Skornicki por lavagem de dinheiro; o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, por corrupção passiva; e Armando de Souza Tripodi, por corrupção passiva. Agora, o Ministério Público Federal vai analisar se há provas suficientes para apresentar denúncia contra os oito investigados. Se houver denúncia, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, avalia se vai aceitá-la e, caso isso ocorra, os denunciados passam a ser réus. A Operação Acarajé foi deflagrada em 22 de fevereiro e mirou a relação do marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, com o esquema de corrupção instalado na Petrobras. De acordo as investigações, Santana recebeu 3 milhões de dólares de offshores ligadas à construtora Odebrecht e 4,5 milhões de dólares do lobista e engenheiro representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki. Em relação à Monica Moura, foi ela quem deu as coordenadas de duas contas no exterior a Zwi Skornicki. Os crimes foram apontados pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco em seu depoimento de delação premiada.
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