O Palácio do Planalto recebeu com preocupação o pedido de prisão preventiva do ex chefão Lula e considerou que ele foi expedido como reação à possibilidade do antecessor da presidente Dilma Rousseff assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios, o que daria foro privilegiado ao petista. A avaliação é de que o pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo é "exagerado" e se baseia em elementos e provas "inconsistentes" e "frágeis". A aposta é de que dificilmente ele será concedido pela Justiça em São Paulo. Como no dia da expedição do mandado de coação coercitiva contra o petista, a ordem do governo federal é sair em defesa do petista. Nesse sentido, a presidente Dilma Rousseff irá se reunir ainda nesta quinta-feira (10) com seu núcleo político e estuda fazer um pronunciamento à imprensa. Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo pediram a prisão preventiva do ex-presidente junto com a denúncia que apresentaram sobre o tríplex em Guarujá (litoral de São Paulo), que teria sido preparado para a família do petista. Os promotores alegam que a prisão é necessária para garantir "a ordem pública, a instrução do processo e a aplicação da lei penal". Eles apontam que, em liberdade, Lula pode destruir provas e agir para evitar determinações da Justiça. O ex-presidente é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes que podem render de 3 a 10 anos de prisão e de 1 a 3 anos, respectivamente. Sua mulher, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva, também são acusados de lavagem de dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário