Horas após a revelação de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria comprometido o ex-presidente Lula e a presidente Dilma em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, a oposição da Câmara tomou a tribuna do plenário e pediu a renúncia da petista. As informações foram veiculadas na manhã desta quinta-feira pelo site da revista “Istoé”, que publicou trechos do acordo de delação de Delcídio Amaral. O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) foi o primeiro a pedir a saída de Dilma: “A presidente não pode mais fazer de conta que não é com ela. As denúncias se acumulam. Presidente Dilma, tenha humildade de dizer que não há condições de ficar à frente do País”. O líder do DEM na Casa, Pauderney Avelino (AM), destacou as sucessivas crises que o País tem vivido e disse que as revelações fazem cair por terra as negativas dos petistas de envolvimento no caso. “O Brasil se tornou uma usina de crise, sobretudo o governo da presidente Dilma e o governo Lula. O que nós estamos vendo aqui, faz cair por terra as negativas tanto de Dilma, quanto de Lula de que nada sabiam sobre o que estava acontecendo”. E foi taxativo: “A presidente tem que pedir a renúncia”. Já o senador Ronaldo Caiado (GO), afirmou que Dilma tentou interferir nas investigações articulando a indicação de ministros para tribunais superiores; e que Lula foi o mentor da conversa com o filho de Cerveró que o levou à prisão, Delcídio torna inevitável o afastamento da presidente do Palácio do Planalto. "Temos que reconhecer que a delação do senador Delcídio, o principal representante do governo no parlamento, sinalizou para tudo aquilo que se suspeitava mas que ainda não havia um relato tão claro e influente. Dilma não pode ficar nem mais um minuto na Presidência. E a Justiça precisa agir no caso de Lula, que participou da mesma obstrução às investigações que levou à prisão do senador", defendeu Caiado.
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