O Ministério Público Federal do Paraná denunciou, no sábado, o marqueteiro do PT, o baiano João Santana, a mulher dele, Monica Moura, e o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no Exterior. Presos desde fevereiro, quando foi deflagrada a 23ª fase da Operação Lava Jato, eles são acusados de terem cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Na semana passada, a Polícia Federal indiciou os três, além de mais cinco investigados na etapa batizada Acarajé. De acordo com as investigações, Santana recebeu 3 milhões de dólares de offshores ligadas à construtora Odebrecht e 4,5 milhões de dólares do lobista e engenheiro representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki. Monica Moura é acusada de dar as coordenadas de duas contas no Exterior a Skornicki. Nesta segunda-feira, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba (PR), enviou os processos referentes à 23ª fase da Lava Jato ao Supremo Tribunal Federal. Isso inclui a “superplanilha da Odebrecht”, que foi apreendida na casa do ex-diretor-presidente da construtora Benedicto Barbosa Silva Junior. A planilha indica repasses da construtora a mais de 200 políticos de 24 partidos. Não está claro se os valores foram transferidos legal ou ilegalmente. O documento inclui citações a políticos no exercício do mandato, que, por isso, têm direito a foro privilegiado. Por essa razão, todo o processo foi remetido por Moro so Supremo.
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