Os promotores afirmam que, "Lula jamais poderia inflamar a população a se voltar contra investigações criminais a cargo do Ministério Público, da Polícia, tampouco contra decisões do Poder Judiciário", mas teria feito exatamente isso ao convocar entrevista coletiva após ser conduzido coercitivamente para ser ouvido em etapa da Operação Lava Jato.
Na denúncia enviada nesta quinta-feira à Justiça contra o ex-presidente Lula, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente. Segundo o documento da denúncia, Lula atentou contra a ordem pública ao desrespeitar as instituições que compõem o Sistema de Justiça, especialmente a partir do momento em que as investigações do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Operação Lava Jato se voltaram contra ele. Os promotores afirmam que “Lula jamais poderia inflamar a população a se voltar contra investigações criminais a cargo do Ministério Público, da Polícia, tampouco contra decisões do Poder Judiciário”, mas teria feito exatamente isso ao convocar entrevista coletiva após ser conduzido coercitivamente para ser ouvido em etapa da Operação Lava Jato. Além disso, valendo-se de sua “rede político-partidária Lula sempre buscou manobras para evitar que a investigação criminal do Ministério Público avançasse”, por exemplo, quando o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) entrou com medida liminar administrativa no Conselho Nacional do Ministério Público de suspensão da investigação criminal. O pronunciamento de Lula depois de prestar depoimento à Polícia Federal em São Paulo na última sexta-feira, seria, segundo os promotores paulistas, “conduta que fragiliza o Sistema de Justiça e põe em xeque o Estado Democrático de Direito”, e a principal razão a justificar a prisão preventiva. Os promotores citam ainda o vídeo em que o ex-presidente aparece gritando ao telefone para que a força-tarefa da Lava Jato, digamos assim, "enfiasse o processo inteiro no cú".
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