quarta-feira, 9 de março de 2016

Investigadores da Operação Lava Jato descobriram onde o Instituto Lula escondia seus arquivos


O Instituto Lula lançou uma nota na tarde desta quarta-feira para protestar contra "a Polícia Federal, que exigiu, sob voz de prisão do técnico de informática, a senha do administrador das contas de e-mail @institutolula.org, o que não constava no mandado da justiça, que fazia referência apenas poucas contas de e-mail específicas", tendo assim acesso a todos os emails da instituição e indo "muito além do mandado original". Protestou ainda mais o instituto: "Mais do que isso. Ontem foi efetivamente violado o sigilo de cinco contas de e-mail, todas sem o respaldo legal de um mandato judicial. Os advogados entraram com uma petição junto ao juiz Sérgio Moro para "a devolução da senha do administrador para o fim desse abuso de poder contra o trabalho de uma entidade da sociedade civil brasileira". O Instituto Lula não sabe, mas a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão - até hoje mantido sob sigilo - no número 139 da rua Gonçalo Pedrosa, em São Paulo, porque descobriu que o endereço era usado para esconder documentos fundamentais para a investigação. O blog O Antagonista, que publica a notícia com exclusividade, informou: "Foram encontrados lá contratos de prestação de serviço firmadoa pela LILS Palestras com grandes empreiteiras investigadas na Lava Jato, contratos de câmbio, passaportes diplomáticos de Lula vencidos, boletos e NFs emitidas pelo instituto. Chamaram atenção dos investigadores NFs emitidas em fevereiro e março de 2016 em nome de Cleber Batista Pereira Informática ME, por serviços de gerenciamento de contas de e-mail, backup de servidores em nuvem e administração de servidores WEB. Desconfiados, os investigadores solicitaram a Sérgio Moro outro mandado de busca e apreensão na empresa de Cleber e o fornecimento de todos os dados, inclusive senhas, para acesso "integral" de dados/arquivos eletrônicos mantidos pelo Instituto Lula. O acesso aos bancos de dados mantidos pela referida empresa em favor do Instituto Lula é fundamental para o aprofundamento das investigações".

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