domingo, 27 de março de 2016

Governador Pezão encerra as primeiras sessões de quimioterapia


O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), concluiu neste domingo as primeiras sessões do tratamento quimioterápico contra um linfoma não-Hodgkin anaplásico de células T-Alk positivo, tipo de câncer no tecido ósseo, diagnosticado na última quinta-feira. As três aplicações foram no Hospital Pró-Cardíaco, na zona sul do Rio de Janeiro, onde Pezão continua internado. Segundo a assessoria de imprensa do governo, Pezão reagiu bem às primeiras três sessões para aplicação dos medicamentos, iniciadas na última sexta-feira. Os remédios foram injetados por meio de um catéter, implantado na altura da clavícula. Agora o peemedebista terá 18 dias de repouso para que a medicação faça efeito. Os médicos responsáveis pelo tratamento explicaram que Pezão passará ainda por de cinco a sete ciclos de 21 dias, sendo três dias de quimioterapia e 18 de descanso. A nota do governo traz ainda uma fala breve do governador, que se licencia do cargo a partir desta segunda-feira: "Estou bem. Agradeço, mais uma vez, as manifestações de carinho que tenho recebido e desejo a todos uma feliz Páscoa". Linfoma é o termo usado para designar os tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias. Existem duas categorias: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin. O linfoma de Hodgkin é mais raro e atinge na maioria jovens e pessoas de meia idade. Já o não-Hodgkin, como o que afetou Pezão, Dilma e Gianecchini, responde por 90% dos casos e atinge principalmente pessoas com mais de 55 anos. Os linfomas são classificados em quatro estágios. No estágio 1, observa-se envolvimento de apenas um grupo de linfonodos. Já no estágio 4, há envolvimento disseminado dos linfonodos. Os linfomas não-Hodgkin são, na verdade, um grupo de cânceres correspondente a mais de 20 doenças. A maioria (85%) atinge os linfócitos B e menos de 15% são de células T, como o de Pezão. Na maior parte das ocorrências, não é possível definir o que causou o linfoma, mas há alguns fatores de risco para seu surgimento: sistema imunológico comprometido, exposição química a altas doses de radiação. Os principais sintomas são aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha; sudorese noturna excessiva; febre; prurido (coceira na pele); e perda de peso inexplicada, sem infecções aparentes. A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia ou ambos.

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