Na defesa que entregaram ao Supremo Tribunal Federal no dia 26 de fevereiro, os advogados do ex-presidente Lula modificaram as explicações do Instituto Lula sobre o apartamento tríplex, no Guarujá, litoral de São Paulo. Em nota divulgada no fim de janeiro, o Instituto informava, sem nenhum detalhamento, que Lula e a ex-primeira dama Marisa Letícia visitaram o apartamento junto com o presidente da OAS, Leo Pinheiro. Agora, na peça enviada ao STF, os advogados acrescentaram que a visita foi "a convite" de Pinheiro. E incluíram: "A visita guiada foi certamente uma simples deferência à condição de ex-presidente do aqui autor, através da qual se objetivava convencer a família Lula quanto aos atrativos da unidade". Questionado sobre o motivo de o empresário ter comparecido à visita, o Instituto não respondeu. Outra modificação é sobre a avaliação das condições do imóvel na "visita guiada" com Pinheiro. Diz o Instituto: "Lula e Marisa avaliaram que o imóvel não se adequava às necessidades e características da família, nas condições em que se encontrava". "Nessa ocasião avaliou que o imóvel superava as necessidades e características da família", afirmaram os advogados. A nota não é clara quanto à decisão de reformar o apartamento, em consequência de não ter agradado ao casal. Mas afirma que, depois da visita com Pinheiro, "Marisa Letícia e seu filho Fábio Luis Lula da Silva voltaram ao apartamento quando este estava em obras". A versão enviado ao STF, porém, é diferente: "A OAS ainda insistiu em seu esforço pela venda, tendo convidado a esposa do autor a visitar o empreendimento, o que esta fez, acompanhada do filho. Estes realizaram a visita para ver o que havia sido alterado, a título de curiosidade, mas acabaram por manter a avaliação inicial de que o imóvel não se adequava às necessidades da família". Nesta quinta-feira, Lula, Marisa e Fábio Luís, o Lulinha, iriam depor ao promotor de Justiça Cássio Conserino, na sede da Escola Superior do Ministério Público, às 11 horas, para dar explicações sobre o tríplex no Guarujá. Um habeas corpus concedido ontem pela Justiça de São Paulo, contudo, evitou a condução coercitiva da família.
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