A Comissão que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve ouvir até quinta-feira (31) depoimentos contra e a favor da destituição da petista, o que pode incluir até ministros do governo. O presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), afirmou nesta terça-feira (29) que há acordo para que sejam convidadas duas pessoas da parte denunciante – o pedido de impeachment é assinado pelos advogados Hélio Bicudo (ex-petista), Miguel Reale Jr. (ex-ministro do governo FHC) e Janaina Paschoal – e duas da defesa. Rosso sugeriu a deputados do PT o nome do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. "Desconheço no governo pessoa com habilidade parlatória melhor do que a dele para falar sobre o tema", disse Rosso, referindo-se à acusação de que Dilma cometeu as chamadas "pedaladas fiscais" para fechar as suas contas em 2014. O acordo para ouvir os quatro depoimentos foi levado na manhã desta terça-feira ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nos bastidores comanda o passo a passo do impeachment da petista. Adversário de Dilma, Eduardo Cunha quer marcar a votação no plenário da Câmara para um domingo, possivelmente o dia 17 de abril. O objetivo do peemedebista é conciliar a votação com protestos em frente ao Congresso e ampliar a audiência televisiva da votação. Na segunda-feira (4) deve acabar o prazo para que Dilma apresente sua defesa. Após isso, a comissão tem cinco sessões para aprovar seu relatório. O texto vai a voto no plenário da Câmara. A autorização para abertura do processo ocorre caso pelo menos 342 dos 513 deputados votem nesse sentido. Cabe ao Senado referendar ou não essa decisão. Caso os senadores abram o processo, Dilma é afastada do cargo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário