segunda-feira, 7 de março de 2016

Chefão Lula se reúne com aliados em São Paulo para discutir estratégias de comunicação


O chefão Lula chegou à sede de seu instituto no Ipiranga, região sudeste de São Paulo, no início da tarde desta segunda-feira, 7, para se reunir com diretores do Instituto, aliados, amigos e parlamentares para discutir estratégias depois de ter passado oficialmente à condição de investigado na Lava Jato. O presidente do Instituto, Paulo Okamotto, os diretores Clara Ant, Celso Marcondes, Luiz Dulci e Paulo Vannuchi estavam presentes. O jornalista Fernando Morais, o ex-presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, e os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ), e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, também participaram da reunião. Um dos temas centrais do encontro será como vencer a batalha contra a Lava Jato no campo da opinião pública. De acordo com uma fonte, é importante aproveitar a percepção crescente entre a população de que levar Lula para depor à força na sexta-feira, 4, foi um excesso do juiz Sérgio Moro. Isso só se passa na cabeça delirante dos petistas. Para tanto, avalia-se que é importante esclarecer o episódio do depoimento adiado do ex-presidente ao Ministério Público de São Paulo. Em 17 de fevereiro, Lula iria depor no fórum criminal da Barra Funda e um aliado - o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) - conseguiu adiar o depoimento recorrendo ao Conselho Nacional do Ministério Público. No dia 17, houve confusão e pancadaria entre grupos pró e contrários ao ex-presidente. Neste inquérito, conduzido pelo Ministério Público em São Paulo, Lula é investigado por causa da atuação criminosa da Bancoop, cooperativa petista dos bancários, e a ocultação de patrimônio ligada à propriedade de um tríplex no Guarujá, no litoral paulista. O encontro também discute como rebater a manifestação pró-impeachment marcada para o próximo domingo, 13. Segundo Damous, por enquanto a melhor hipótese seria não fazer manifestações contrárias no mesmo dia. O deputado diz que a ideia é manter a manifestação de centrais sindicais e de movimentos populares prevista para 31 de março - em uma lembrança à data do golpe militar de 1964, com argumento de evitar um novo "golpe" contra a democracia brasileira. Outra hipótese colocada na mesa é haver uma manifestação no dia 18. O Instituto Lula está agindo fora de suas atribuições legais e deverá ser processado por isso, além de perder sua imunidade tributária. 

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