Ex-presidente teria comprado o silêncio de Marcos Valério na CPI do mensalão
Por Reinaldo Azevedo - As acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são ainda mais graves. Envolvem tentativa de obstrução da Justiça e de obstrução de CPIs, compra de silêncio de chantagista e pagamento de suborno.
5: Lula mandou pagar Cerveró
O senador petista relatou que o ex-presidente Lula comandou o esquema do pagamento de uma mesada ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, para tentar evitar sua delação premiada. Lula não queria que o ex-diretor da estatal mencionasse o nome do pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigão, na compra de sondas superfaturadas feitas pela petroleira.
6: Lula comprou o silêncio de Marcos Valério
Segundo Delcídio, o ex-presidente autorizou o pagamento de R$ 220 milhões de reais a Marcos Valério para que o publicitário ficasse calado em seu depoimento à CPI dos Correios. O senador petista conta que ele próprio e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, ficaram responsáveis por tratar com Valério. Sem sucesso, quem assumiu as negociações foi Antonio Palocci, então ministro da Fazenda.
7: Exclusão de Lula e Lulinha da CPI dos Correios evitou o impeachment
De acordo com Delcídio, que presidiu a comissão, Lula escapou do impeachment por uma manobra governista. Por meio de uma votação “duvidosa”, a CPI deixou de fora os nomes de Lula e de seu filho Fábio Lula da Silva (o Lulinha), do relatório final.
8: Lula pressiona CPI do Carf para proteger a família
Delcídio contou também que, mais recentemente, a grande preocupação de Lula é a CPI do Carf, que, além de atingi-lo, pode levar à cadeia seu filho caçula, Luís Cláudio da Silva. Segundo o senador petista, “por várias vezes, Lula solicitou a ele que agisse para evitar a convocação do casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para depor. O escritório de lobby da dupla pagou R$ 2,4 milhões à empresa de Luís Cláudio por um suposto projeto de marketing esportivo.
9: Bumlai é o consigliere da família Lula
José Carlos Bumlai, segundo o senador, gozava de “total intimidade” e exercia o papel de “consigliere” da família Lula. “Consigliere” é uma expressão usada pela máfia italiana e consagrada no filme “O Poderoso Chefão” para designar o conselheiro que detinha uma posição de liderança e representava o chefe em reuniões importantes.
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