Além de bancarem de forma irregular as despesas de campanha da então candidata à presidência da República Dilma Rousseff, em 2010, executivos da Andrade Gutierrez também pagaram por pesquisas eleitorais que mostravam Dilma na frente da corrida eleitoral em momentos importantes da campanha. Os executivos da empreiteira fizeram as revelações em depoimentos prestados depois de firmarem acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo os onze executivos ouvidos, a empreiteira simulou contratos de 6 milhões de reais com a agência de comunicação Pepper para repassar verbas à campanha que elegeu Dilma. As dívidas de campanha foram quitadas a pedido do governador mineiro Fernando Pimentel (PT). A empresa é investigada na Operação Acrônimo, que tem como um dos alvos o petista. Em 2010, a Pepper desempenhou papel decisivo na campanha de Dilma Rousseff, quando fez de tudo um pouco: da produção de conteúdo e organização da militância nas redes sociais ao pagamento, com dinheiro vivo, do aluguel do imóvel de luxo que servia de bunker para a coordenação petista. De coadjuvante, a agência de comunicação passou a protagonista, tornando-se uma ferramenta imprescindível para a solução de vários problemas. Vitorioso na eleição, o PT retribuiu a ajuda recebida e garantiu à agência contratos milionários custeados com recursos públicos.
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