O Ministério Público de São Paulo denunciou por suspeita de corrupção passiva o secretário municipal de Educação de Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB). A denúncia, apresentada na quinta-feira (17), segundo os promotores, diz respeito ao período em que Chalita foi secretário estadual de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB), entre 2002 e 2005. A advogada de Chalita, Flavia Rahal, afirmou que "muito embora não tenha tido acesso aos termos da denúncia, a defesa de Gabriel Chalita repudia, de forma veemente, a tentativa do Ministério Público Estadual de requentar fatos já investigados pelo Supremo Tribunal Federal e em relação aos quais afirmou-se a plena licitude": "O Poder Judiciário certamente saberá dar um basta a essa forma abusiva e desleal de agir do órgão, rejeitando a acusação formulada". De acordo com a denúncia, "na condição de secretário estadual de Educação, Chalita solicitou vantagens indevidas consistentes" de empresas que firmaram contratos sem licitação com a pasta. Os promotores dizem ter cópias de notas fiscais que comprovam que Chalita teria recebido R$ 113 mil. Segundo as investigações, que acontecem desde março e correm em segredo de Justiça, a reforma de um apartamento que Chalita comprou em 2005, no bairro de Higienópolis, seria a prova mais contundente de propina ao secretário. Na denúncia consta que as obras do imóvel, avaliado à época em R$ 4 milhões, teriam custado US$ 600 mil – pagos pelo empresário Chaim Zaher, dono do Grupo SEB, antigo COC, que assinou contratos com a secretaria de Educação quando Chalita comandava a pasta. Zaher também foi denunciado.
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