Por Reinaldo Azevedo - O ministro do Supremo, Teori Zavascki, relator do petrolão, autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado e esbirro do Planalto. A autorização foi dada no dia 9, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República. A notícia começou a circular neste sábado, dia 19 — dez dias depois. Quando a personagem é Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o vazamento é tão rápido que costuma até preceder a decisão de MPF e juízes… Mas vá lá. O pedido teria sido motivado por lambanças num contrato da Transpetro, subsidiária da Petrobras, no valor R$ 240 milhões. A empresa era dirigida por Sérgio Machado, então homem do Renan. O advogado do senador chama a decisão de absurda a diz que o senador jamais se negou a oferecer seus sigilos… Pois é… Alguém acha que gente como Renan, caso faça alguma safadeza (ele é investigado em nada menos de seis inquéritos), vai ficar deixando rastro fiscal ou bancário? Uma boa medida seria quebrar o sigilo do PMDB de Alagoas, que Renan controla. Por enquanto, esse negócio de quebra de sigilo é pura espuma. É espantoso que o homem não tenha sido denunciado até agora pelo Ministério Público Federal. Ah, sim: leio que, em seu encontro com sedizentes intelectuais, Renan garantiu que, no Senado, não vai avançar denúncia que “não tenha nem sequer um franja que caracterize crime de responsabilidade… Ora, não diga! Ô gentalha esses ditos intelectuais, né? Vão pra rua pedir a cabeça de Cunha, com seus três inquéritos, e fazem de Renan, com seis, o herói da resistência…
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