A procuradora federal Silvana Pfeffezeller, titular do 3º Ofício da Procuradoria Regional de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, enviou, ontem, novo pedido de diligências à Universidade Federal de Santa Maria, à Associação de Docentes da UFSM, ao DCE da UFSM e ao Comitê Santamariense de Solidariedade ao Povo Palestino, dando seguimento ao feito investigatório sobre a prática de discriminação contra israelenses na UFSM, instaurado em julho deste ano, O caso ficou conhecido internacionalmente, em maio, como a famigerada e infame Lista Schlosser-Burman. Em seu despacho, a Procuradora solicitou mais 90 dias para terminar o feito, a contarem de 5 de novembro. A procuradora afirma que as explicações já enviadas pelas entidades de estudantes e docentes da universidade “não exaurem todas as questões que permeiam este procedimento, nem explicitam, com a clareza necessária, o quadro fático em que se inseriu o funesto Memorando Circular nº 02/2015, especialmente no tocante à renovação, em 15/5/2015, pelo Gabinete do Reitor.” O “funesto memorando” a que se refere a procuradora ficou conhecido como a Lista Schlosser-Burman e foi enviado pelo Pró-reitor de Pós-graduação aos chefes dos cursos subordinados a ele na UFSM. O Pró-reitor alegou atender a um pedido de informações formulado à Reitoria da universidade sobre “a presença ou a perspectiva de docentes e/ou discentes israelenses na UFSM”. Na resposta já enviada a procuradora Pfeffezeller, a Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria reconheceu que jamais atendeu a solicitação parecida anteriormente e que sua decisão não foi precedida de consulta à Procuradoria da Universidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário