sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Filho de Cerveró recebeu 50 mil de Delcídio

Bernardo Cerveró, em depoimento à PGR, confessou ter recebido ao menos uma parcela de R$ 50 mil do auxílio financeiro mensal prometido por Delcídio Amaral. O dinheiro lhe foi entregue por Edson Ribeiro no escritório de outro criminalista: Nélio Machado. Machado não teria presenciado a entrega, segundo Bernardo Cerveró. Leiam o trecho do depoimento: "Que Edson Ribeiro sempre seguia prometendo um habeas corpus; que, àquela altura, o depoente procurou Gustavo, irmão de Fernando Baiano, porque o Nestor Cerveró e Edson Ribeiro diziam que quem tinha provas era Fernando Baiano, já que ele é que cuidava das contas bancárias; que procurou Gustavo para tentar compor colaboração premiada simultânea de Nestor Cerveró e de Fernando Baiano; que Nestor Cerveró e Fernando Baiano eram amigos; que Fernando Baiano também estava esperançoso em um habeas corpus; que naquela altura o depoente participou de algumas reuniões, inclusive com a presença do advogado Nélio Machado em seu escritório; que Nélio Machado também era reticente em fazer colaboração premiada; que em uma dessas reuniões em uma sala do escritório do advogado Nélio Machado, presentes apenas Edson Ribeiro e o depoente, Edson Ribeiro entregou cinquenta mil reais em espécie para o depoente, dizendo que foram enviados pelo Senador Delcídio Amaral; que o depoente ficou incomodado, pois o que ele queria não era auxílio financeiro, menos ainda espúrio, e sim a liberdade de seu pai". Se Delcídio enviou os R$ 50 mil, é possível que o esquema combinado com André Esteves já estivesse em pleno funcionamento.

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