O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ficou "indignado" com o rompimento anunciado na manhã desta quarta-feira (11) pelo PSDB. Segundo aliados do peemedebista, ele considerou o ato uma "deslealdade" do partido, que se manteve, até então, como um de seus pilares de sustentação. Nesta manhã, os tucanos reiteraram o pedido para que Eduardo Cunha se afaste da Presidência da Câmara. A decisão veio acompanhada de promessas de que o partido não participará mais de reuniões na residência oficial do peemedebista. O partido passou a defender a cassação de Eduardo Cunha caso ele não apresente ao Conselho de Ética provas contundentes de sua inocência no Petrolão do PT, para além do que já manifestou. Um dos mais próximos a Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) avalia que a movimentação tucana como "pular do barco" e afirma que ela joga o peemedebista "nos colos do PT". Para Paulinho, o PSDB parece ter "desistido do impeachment" contra Dilma Rousseff ao decidir se afastar de Eduardo Cunha. Isso porque, num primeiro momento, cabe ao presidente da Câmara a decisão, de forma monocrática, de dar prosseguimento ou não a um processo de impeachment. Após o ato em que formalizou o afastamento de Eduardo Cunha, os tucanos escalaram Nilson Leitão (MT), amigo do peemedebista, para ir até ele falar sobre a decisão do partido. O deputado teria explicado, na presença de outros parlamentares, que a medida se deu após nota da Executiva do partido em tom mais crítico, que a bancada da Câmara tentou amenizar. Publicamente, Leitão afirma que a conversa foi sobre a instalação da CPI da Funai.
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