General do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, comandante Militar do Sul |
O general Antonio Hamilton Martins Mourão, que comanda o Exército na região Sul do País, fez críticas à classe política em uma palestra recente e disse que a eventual substituição da presidente da República não altera de fato o "status quo". "A maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões que levam os eleitores a achar que aquelas são as reais necessidades da sociedade", afirma um dos slides da palestra do militar. A conferência foi realizada no último dia 17 de setembro no CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) de Porto Alegre. O general fez a palestra mostrando slides. Em um deles, já nas considerações finais, o general afirma que "mudar é preciso". "Neste momento de crise, toda consciência autônoma, livre e de bons costumes precisa despertar para a luta patriótica, contribuindo para o retorno da autoestima nacional, do orgulho de ser brasileiro e da esperança no futuro", afirma o texto. O discurso do general é típico de um maçom. A apresentação do general Mourão afirma que "a mera substituição da presidente da República não trará uma mudança significativa no 'status quo'", acrescentando em seguida que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção". O slide em questão é concluído com a frase "É nosso dever esclarecer a opinião pública, notadamente a juventude". Em um outro slide, o militar enumera quatro "cenários", que são "sobrevida", "queda controlada", "renovação" e caos". O Comando Militar do Sul, liderado pelo general Antonio Mourão, reúne Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Sob o comando do general, está o maior efetivo do País – 48 mil dos 217 mil militares do Exército brasileiro. No último dia 9 de outubro, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse em videoconferência para oficiais temporários da reserva ver risco de a atual crise virar uma "crise social" que afetaria a estabilidade do país, o que, segundo ele, diria respeito às Forças Armadas. "Estamos vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza política, econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá se transformar numa crise social com efeitos negativos sobre a estabilidade", afirmou. O militar prosseguiu: "E aí, nesse contexto, nós nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente".
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