A modelo gaúcha Mariana Livinalli Rodriguez, de 25 anos, atropelada por um ônibus na ciclovia da Avenida Brigadeiro Faria Lima na terça-feira, morreu na noite desta quinta-feira, 3. A jovem sofreu traumatismo craniano e teve o óbito confirmado pelo Registro Geral do Hospital das Clínicas à zero hora desta sexta-feira, 4.
A agência JOY Model Management havia informado às 22h13 sobre o óbito. Mas a assessoria do centro médico manteve a informação de que, até o boletim das 22 horas, ainda não havia sido registrada a morte. Thiago Bonduky, relações-públicas e amigo da modelo, lamentou a morte. A ciclista nasceu em Soledade, no Rio Grande do Sul, morava sozinha em São Paulo e fazia trabalhos como modelo para a JOY. Ela tinha sido capa de duas edições da revista Women's Health e uma da Boa Forma. Se não fosse o contato com o trabalho, a jovem poderia não ter sido localizada pela família após o acidente, cujas causas ainda devem ser investigadas. Nesta quinta-feira, um agente de trânsito registrou os semáforos – incluindo os dos ciclistas – no cruzamento da Faria Lima com a Rua Chopin Tavares de Lima para análise. A Prefeitura não disse se haverá alterações no local. A polícia suspeita de que Mariana tenha desrespeitado o sinal vermelho para bikes. Ela trafegava pela ciclovia no sentido Praça Pan-Americana e atravessou o cruzamento. O motorista estava no mesmo sentido pela avenida e fazia uma conversão à esquerda, no momento em que atingiu a modelo com a parte esquerda do veículo. O caso foi registrado no 14º DP (Pinheiros) como lesão corporal culposa (sem intenção). No boletim de ocorrência, o motorista do ônibus afirmou que a vítima “não observou o semáforo fechado para ela e atravessou a via”. Dois peritos da Polícia Científica foram até o cruzamento e relataram no documento que “possivelmente a vítima não observou o semáforo desfavorável”. Nesta quinta-feira, o prefeito Fernando Haddad (PT) comentou o acidente: “Vamos aguardar esse inquérito, vamos verificar o que aconteceu. Vamos deixar a perícia avaliar antes de ficar prejulgando o comportamento seja do motorista, seja da ciclista". Para Daniel Guth, diretor do Associação dos Ciclistas Urbanos, o cruzamento onde Mariana foi atropelada é confuso. Ele disse que o capacete, que ela não usava, poderia ser indiferente: “Se estivesse usando, o próprio equipamento poderia dar essa lesão". Dirceu Rodrigues Alves Junior, do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), concordou e disse que o equipamento protege apenas a parte superior da cabeça e “não o crânio todo”.
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