Condenado a mais de 300 anos por violação dos direitos humanos durante a ditadura de Augusto Pinochet, Marcelo Moren Brito faleceu nesta sexta-feira em Santiago, no dia em que se relembra 42 anos do golpe de Estado que derrubou o presidente socialista Salvador Allende. "A Gendarmeria confirma o falecimento do interno Marcelo Moren Brito, às 19h40 (horário local), no Hospital Militar, por falência múltipla dos órgãos", anunciou a instituição chilena em sua conta oficial no Twitter. Moren Brito, de 80 anos, foi uma das principais figuras na temida polícia política, a Dina, da ditadura de Pinochet (1973-1990), com envolvimento comprovado em emblemáticos crimes, incluindo participação na "Caravana da Morte". Nessa viagem de extermínio que percorreu o país, dezenas de pessoas foram mortas. O ex-coronel cumpria sua condenação na prisão especial Punta Peuco, a 50 km de Santiago. Com cerca de 100 condenados por crimes cometidos na ditadura, a instalação está à beira do colapso, em meio às vozes que pedem seu fechamento. A ditadura de Pinochet deixou mais de 3.200 mortos e, nela, cerca de 38.000 foram torturadas, transformando-se em uma das mais cruéis do regimes militares na América Latina nas décadas de 1970 e 1980.
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