O relatório resumido da execução orçamentária do Rio Grande do Sul que foi divulgado no final de julho – o documento que resume, a cada bimestre, a contabilidade estadual – revela queda, em termos reais, de 20,9% no custeio do Poder Executivo, em relação a igual período de 2014. No caso do comparativo entre gasto e receita, os números demonstram que traçando um paralelo entre os primeiros 180 dias de 2014 e de 2015, descontada a inflação, a arrecadação total minguou 0,88% e as despesas executadas aumentaram 0,05%. Leonardo Maranhão Busatto, subscretário do Tesouro do Estado (filho de Cezar Busatto), comemorou o resultado: "Mesmo em um cenário de retração econômica e crescimento da inflação, estamos conseguindo realizar um ajuste significativo. As medidas de contenção estão funcionando". O subsecretário avisou que embora os valores usados na manutenção da máquina tenham decrescido, o Rio Grande do Sul permaneceu no vermelho e não deve sair dessa condição tão cedo. De janeiro a junho, no acumulado dos seis meses, o rombo atingiu R$ 1,55 bilhão. Houve, também, diminuição na capacidade de investimentos. Ao todo, o Piratini investiu 81% a menos do que em 2014. O governador Ivo Sartori aposta em medidas estruturais para sair da crise. Parte das propostas, como a extinção de fundações e a reforma da previdência, já está na Assembleia. Uma nova leva deve ser encaminhada nos próximos 15 dias e promete causar polêmica, principalmente, pela tentativa de aumento de ICMS. Entretanto, não se vê da parte do governo uma decidida intenção de mudar em profundidade o aparelho de Estado gaúchos, com a intenção de cortas gastos de maneira expressiva com a máquina pública. Além de fechar fundações inúteis e inexpressivas, o governo deveria demonstrar a intenção de desestatizar, vendendo trambolhos como CEEE e outras. Mas, nada indica que isto irá ocorrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário