sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Defesa de Eduardo Cunha diz que informações sobre a Operação Lava Jato são "sonegadas" pela Procuradoria Geral da Repúbica

A defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal para ter acesso a depoimentos prestados pelo lobista Julio Camargo à Procuradoria-Geral da República no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobrás. Os advogados do peemedebista argumentam que o Ministério Público Federal está "sonegando" informações da defesa. À Justiça Federal no Paraná, Julio Camargo relatou o pagamento de US$ 5 milhões a Eduardo Cunha. O depoimento veio à público há pouco menos de um mês. No entanto, de acordo com o advogado do presidente da Câmara e ex-procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, o lobista relatou que já prestou depoimentos à Procuradoria Geral da República em Brasília, responsável pela condução do inquérito que apura a participação do parlamentar no esquema de corrupção na Petrobrás.


"O que se observa nesse caso concreto é que os atos investigativos conduzidos pelo órgão máximo do Ministério Público Federal estão sendo sonegados tanto à defesa do requerente como, especialmente, ao Supremo Tribunal Federal, órgão responsável por fiscalizar a legalidade dos atos realizados pelas autoridades policiais e do Ministério Público, especialmente quando se trata de inquérito judicial", reclamam os advogados de Eduardo Cunha ao Supremo. "O próprio Procurador-Geral da República reconhece já ter realizado atos investigatórios (sobre Cunha)", argumentam os advogados. Os depoimentos de Camargo prestados em Brasília permanecem em sigilo até o momento. A defesa de Eduardo Cunha quer que toda a investigação realizada pela Procuradoria Geral da República sobre Eduardo Cunha, especialmente os depoimentos de Júlio Camargo, seja juntada no caso que tramita no Supremo Tribunal Federal.

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