quarta-feira, 15 de julho de 2015

Regra nas Forças Armadas, continência prestada por atletas medalhados é defendida pelo COB



O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) defendeu nesta quarta-feira a prestação de continência militar no pódio, feita por atletas brasileiros que integram as Forças Armadas. A entidade afirma que a prática é uma regra e uma manifestação de patriotismo. A prestação de continência foi vista em quase todos os pódios do judô, onde chamou mais atenção. Mas há militares também na natação, remo, badminton, entre outros esportes. São no total 123 atletas-militares participando do Pan, um quinto da delegação de 590 esportistas do Brasil. Os atletas-militares afirmam que a continência durante o hasteamento da bandeira do Brasil é um agradecimento ao apoio dado pelas Forças Armadas. "Prestar continência para a bandeira é o que eles recomendam e a gente sente orgulho de fazer. Eles pediram para fazer, mas é uma coisa que vem da gente. A gente ficou na iniciação lá dentro. Pegamos o espírito do militarismo. Isso ajudou bastante a gente. É um orgulho prestar essa homenagem e lembrando às pessoas o quanto eles estão nos ajudando com isso", disse a judoca Mayra Aguiar, terceiro-sargento da Marinha desde 2010. A inclusão dos atletas nas Forças Armadas se intensificou às vésperas dos Jogos Mundiais Militares de 2011, disputados no Rio de Janeiro. Eles fazem parte do programa de atletas de alto rendimento dos ministérios da Defesa e do Esporte. Para obterem o apoio militar, que inclui salário de, em média R$ 2.300,00 são obrigados a fazerem parte do Exército, Marinha ou Aeronáutica. Não é a primeira vez que eles prestam continência em momentos de premiação. No Prêmio Brasil Olímpico, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze foram com farda da Marinha. "Todos temos orgulho de ser do Exército brasileiro. E uma forma de agradecermos todo esse apoio do programa é prestando continência à nossa bandeira. Cada um fez de espontânea vontade" disse o judoca Luciano Correa, medalhista de ouro neste Pan. O COB afirmou que a continência é prevista no Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito, das Forças Armadas. "É um sinal de respeito que deve ser prestado, estando ou não com a cabeça coberta. Reza ainda que o militar da ativa deve, em ocasiões solenes, prestar continência à Bandeira e Hino Nacional Brasileiro e de países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim, todo o tempo", diz nota do comitê.

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