O jornalista José Nêumane é um indignado como O Antagonista. Ontem, ele publicou um artigo no Estadão que conta um bastidor vergonhoso do PSDB. Leiam o trecho que tomamos a liberdade de reproduzir:
A importância de elucidar um crime ao investigar outro foi comprovada quando, na Operação Lava Jato, a PF encontrou nos papéis de Meire Poza, contadora do delator premiado Alberto Youssef, a prova de que o operador do mensalão, Marcos Valério, deu R$ 6 milhões ao empresário Ronan Maria Pinto, como tinha contado em depoimento referente à AP 470. Segundo Valério, essa quantia evitaria chantagem de Ronan, que ameaçava contar o que Lula e José Dirceu tinham que ver com o sequestro e a morte de Celso Daniel, que era responsável pelo programa de governo na campanha de 2002.
Mas nem essa evidência da conexão Santo André-mensalão-petrolão convence o PSDB a dobrar a oposição do relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), e levar Ronan a depor, como tem insistido a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). É que os tucanos articulam uma aliança com o atual dono do Diário do Grande ABC para enfrentar o petista Carlos Alberto Grana na eleição municipal de Santo André. E este corpo mole pode dificultar o esclarecimento da verdade toda.
Vocês leram certo, à exceção de Mara Gabrilli, o PSDB ajuda a evitar a convocação do sujeito que chantageou o PT e levou bola de Marcos Valério, para não contar sobre o envolvimento de Lula e José Dirceu na morte de Celso Daniel. Santo André é São Paulo, estado governado por Geraldo Alckmin.
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