Apenas dois dos catorze blocos de petróleo oferecidos à iniciativa privada foram leiloados nesta quarta-feira, 15, no México, bem abaixo das expectativas do governo. O certame foi o primeiro que contou com a participação da iniciativa privada em quase oito décadas, após a quebra do monopólio do setor de energia do país. O leilão não atraiu as gigantes petrolíferas do mundo. O consórcio vencedor das duas áreas é liderado pela empresa mexicana Sierra Oil & Gas, em parceria com a norte-americana Talos Energy e a inglesa Premier Oil. Ao todo, 25 empresas estavam pré-qualificadas para a rodada inicial, incluindo as gigante Exxon Mobil e Chevron, mas, ao final do processo, somente nove companhias se declararam dispostas a fazer alguma oferta, incluindo a norueguesa Statoil, a italiana ENI e a malaia Petronas. Os resultados definitivos desta primeira licitação serão conhecidos em até 48 horas, uma vez que a Comissão Nacional de Hidrocarbonetos terá de validar as garantias do consórcio vencedor do leilão. Os blocos que não obtiveram nenhuma oferta poderão ser incluídos em novas rodadas de leilão. O governo havia dito que, conforme os padrões internacionais, que esperava que de 30% a 50% dos blocos receberiam ofertas. Os 14 blocos se encontram em águas pouco profundas do Golfo do México, próximo aos estados de Veracruz, Tabasco e Campeche. O processo de licitação ocorre depois de uma histórica reforma energética que pôs fim a 75 anos de monopólio estatal do setor. A empresa Petróleos Mexicanos (Pemex) era, até agora, a única que podia explorar e produzir a commodity. O México espera que a reforma energética o ajude a compensar a queda na produção de petróleo, que tem recuado fortemente nos últimos anos. A produção de petróleo alcançou seu pico em 2004 com 3,4 milhões de barris diários e desde então começou a cair. A produção média diária atual é de 2,2 milhões de barris.
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