sexta-feira, 3 de julho de 2015

Funcionários da Mercedes rejeitam proposta de redução de jornada e salário


Os funcionários da fábrica da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, rejeitaram a proposta negociada entre empresa e sindicato que previa redução de jornada de trabalho e salário por um ano. A aprovação era necessária para adequar a produção à demanda por caminhões e ônibus novos num momento em que a montadora alemã afirma ter excedente de 2.000 trabalhadores na unidade. A proposta envolvia redução da jornada de trabalho em 20%, com redução de 10% do salário por um ano. Em troca, garantiria o emprego dos trabalhadores e o retorno de parte dos 300 trabalhadores demitidos anteriormente. A medida era defendida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que vinha negociando com a companhia, visando a evitar demissões em massa. A votação foi realizada nesta quinta-feira de forma secreta e a contagem dos votos foi feita na madrugada desta sexta-feira. As vendas de caminhões caíram de 42% e as de ônibus, 25% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). "Com a rejeição dessa proposta pelos colaboradores, a Mercedes-Benz terá de buscar outras alternativas frente a um excedente de 2.000 pessoas na fábrica", afirmou a companhia em comunicado. A fábrica emprega cerca de 10.000 funcionários. A unidade paralisou a produção de caminhões e ônibus nesta sexta-feira, com os trabalhadores entrando em férias coletivas por meio de banco de horas, informou a empresa.

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