Dono de 17 carros, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) não declarou à Justiça Eleitoral os três veículos apreendidos pela Polícia Federal nessa terça-feira, 14, em Brasília, na Operação Politeia – última fase da Lava Jato. Uma Ferrari, de 2010/2011, um Porshe, de 2011/2012, e um Lamborghini, de 2013/2014, que custa R$ 3,8 milhões, estavam na Casa da Dinda, residência do senador. Mas não constam na declaração de bens entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) no ano passado. O carro mais caro declarado por Collor é um BMW, de R$ 714,5 mil, outra Ferrari, preta, de R$ 556 mil (a apreendida vale R$ 1,9 milhão), um Mercedes E320, de R$ 342 mil, e um Citroen C6, de R$ 322 mil. Juntos, os 14 veículos declarados valem R$ 3 milhões. Em 1992, um Fiat Elba prata, de placa FA 1208, foi pivô das denúncias que resultaram no impeachment do então presidente Fernando Collor. O veículo fora flagrado pelo GLOBO no dia 5 de julho daquele ano entrando na Casa da Dinda, residência de Collor. O motorista Eriberto França disse que havia usado dinheiro sujo não só para comprar o Elba que dirigia, mas para pagar contas de Collor.
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