Opinião do jornalista Políbio Braga - O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) é auxiliado politicamente pelo ajuste fiscal promovido também pelo governo federal do PT. A oposição fica sem discurso e sem povo na rua em Porto Alegre. Não é por menos que Sartori apelidou de Ajuste Fiscal Gaúcho o conjunto das suas reformas. O convencimento generalizado de que as contas públicas gaúchas realmente estão esgualepadas não explica sozinho a aprovação por ampla maioria dos orçamentos dos Poderes para 2016. É um corte na carne proposto por Sartori. Quem defende duros sacrifícios também por parte do setor público, teve um início de resposta bastante consistente. A unidade dos deputados da base aliada, 31 x 19, foi testada com sucesso numa questão polêmica que mobilizou Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas contra o Piratini, mas sem sucesso. O governador pode agora avançar nos ajustes, dentro da condução step by step, que é do seu estilo e parece oferecer bons resultados na Assembléia Legislativa gaúcha, ferindo temas muito mais dramáticos e estruturais, como são as questões do descomunal e incontido déficit da previdência, das aposentadorias precoces e do inchaço da máquina pública. Pelo lado da receita, a votação de ontem também abre caminho para aumento de impostos.
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