A IstoÉ cruzou os dados sobre os 7 mil cabos eleitorais da campanha de Fernando Pimentel, em Minas Gerais, e descobriu que um terço é composto por beneficiários do Bolsa Família. Alcirene Olidia Ferreira, por exemplo, foi contratada na reta final da campanha por 1.200 reais. O valor é similar ao total de 1.232 reais que ela recebeu do Bolsa Família de junho de 2014 a abril deste ano. Já Alcileia Neves de Paiva embolsou da campanha petista 800 reais. Em 11 meses, ela ganhou 1.617 reais em ajuda federal. Para Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, os casos se assemelham à compra de voto. Há também outra possibilidade: a de que o cadastro de beneficiários de programas sociais tenha sido utilizado para criar fantasmas e justificar gastos de campanha. O PT apostou todas as suas fichas em Minas Gerais, tanto na campanha de Fernando Pimentel quanto na de Dilma Rousseff. Se a campanha para o governo do Estado cometeu ilegalidades, as mesmas devem ter sido cometidas na campanha para presidente da República. Não dá para separar uma da outra.
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