domingo, 31 de maio de 2015

Termos da delação do empreiteiro propineiro Ricardo Pessoa são definidos

O empresário Ricardo Pessôa, apontado como chefe do “clube” que atuava em contratos fraudulentos com a Petrobras, concluiu a negociação dos detalhes de sua delação premiada. O grupo de trabalho da Procuradoria Geral da República que atua na operação Lava Jato e a defesa do empresário, dono da construtora UTC, fizeram os ajustes solicitados pelo relator do processo no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, para homologar o acordo de delação. Pessoa decidiu colaborar com a Justiça para tentar obter a redução de uma eventual pena. Conforme advogados que trabalham no processo, os ajustes reivindicados por Zavascki foram apenas na redação do acordo, para não permitir dupla interpretação em termos da delação, que ainda é sigilosa. A negociação será validada pelo Supremo porque, em seus depoimentos, o dono da UTC citou autoridades que têm foro privilegiado. Além de se comprometer a contar detalhes do esquema, Pessoa prometeu devolver parte dos recursos desviados da estatal. Preso pela Polícia Federal em novembro do ano passado, na sétima fase da Lava Jato, Pessoa foi autorizado, no fim de abril, a ficar em regime de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Para viajar a Brasília para negociar os termos da delação, ele teve de solicitar autorização ao juiz federal Sérgio Moro. O dono da UTC desembarcou na capital federal na última segunda-feira. No dia seguinte, ele começou a prestar depoimentos da delação na sede da Procuradoria.

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