Um delegado da Polícia Federal "encontrou" um equipamento de escuta na sede da corporação em Curitiba (PR), em um andar abaixo daquele em que trabalha a equipe da Operação Lava Jato. O equipamento estava próximo de uma escada que liga o segundo ao terceiro andar, em local em que policiais eventualmente se reúnem para fumar. Policiais da Lava Jato ouvidos acreditam que eles não eram o alvo da escuta. Na visão deles, a instalação do equipamento está ligado às disputas internas pelo poder. Um grupo de delegados que perdeu poder estaria tentando derrubar o superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, o delegado Rosalvo Franco. O aparelho encontrado foi enviado a Brasília para análise. É o segundo equipamento de escuta encontrado na sede da Polícia Federal em Curitiba desde que a Operação Lava Jato teve início, em março do ano passado. Em abril de 2014, antes de fazer o acordo de delação, o doleiro Alberto Youssef apresentou um aparelho que estava na sua cela. Sindicância da Polícia Federal concluiu que o aparelho estava inativo. Após a investigação, o juiz federal Sergio Moro concluiu que não houve violação aos direitos do doleiro porque não havia nenhuma gravação para provar que o equipamento havia sido usado.
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