segunda-feira, 25 de maio de 2015

O petista e ex-terrorista Fernando Pimentel paga R$ 40 mil por uma palestra de Fux. O ministro Fux é do TSE. Pimentel teve suas contas de campanha rejeitadas. Fux é um dos que vão julgar o caso. Não é mesmo tudo tão lindo nesta república petralha?


O governo de Minas Gerais (PT) convidou os ministros Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, e Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, para proferir palestra de uma hora sobre o novo Código de Processo Civil, oferecendo R$ 40 mil como remuneração a cada um. O evento foi realizado no último dia 8, uma sexta-feira, no Minascentro, em Belo Horizonte.  Os ministros disseram que a Lei Orgânica da Magistratura Nacional permite a remuneração. Três dias depois, informaram ter decidido abrir mão dos honorários. A conferência foi promovida pela Secretaria de Estado da Casa Civil e de Relações Institucionais e pela Advocacia-Geral do Estado, em parceria com a Faculdade de Direito da UFMG. Segundo Fux e Salomão, os R$ 40 mil previam a realização de outras cinco palestras. A assessoria de imprensa do governo, contudo, disse que não se previam "outros eventos semelhantes". Em ato no Diário Oficial, os ministros aparecem como "contratados" para proferir palestra no Minascentro. A publicação, assinada por Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, empresa pública controlada pelo Estado de Minas Gerais), ratifica a inexigibilidade de licitação, mas não traz o valor dos serviços. A Casa Civil e a Codemig e não forneceram cópias dos atos da contratação. O secretário da Casa Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Rezende, diz que foi feita "uma apuração do que se paga normalmente para palestrantes ou conferencistas nesse nível": "Achamos que o valor de R$ 40 mil está dentro do que o mercado paga". Rezende é advogado de recurso do governador de Minas Gerais, o ex-terrorista e petista Fernando Pimentel, no Tribunal Superior Eleitoral. Pimentel sofreu uma multa de R$ 52 milhões, aplicada em dezembro último pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, que rejeitou as contas da campanha do então candidato petista. Segundo o secretário, "esse assunto não foi tratado" com Fux, que é ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Eliana Calmon, ex-corregedora nacional de Justiça, vê "superfaturamento": "Não se paga isso nem no Estado nem na iniciativa privada". A remuneração de membros do Judiciário costuma ser mantida sob sigilo pelas entidades patrocinadoras de eventos. Eliana disse que, ao se aposentar, consultou outros ministros para saber quanto cobrar por palestras. Ouviu que os valores variam entre R$ 3 mil e R$ 7 mil. "Como juíza, sendo remunerada pelo Estado, que exige dedicação integral, nunca cobrei do Estado e de autarquias. Por ética, não poderia cobrar", diz: "Podemos cobrar quando se trata de empresa privada, e quando o curso é cobrado dos alunos". A Escola Paulista da Magistratura paga R$ 1.500,00 (brutos), por quatro horas de aula a juízes ou ministros. Em 2014, o valor médio por palestra nas organizações privadas era R$ 6.213,00 segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). Isso é o que se chama, com todas as letras, de falta de moral. O Brasil do petralhismo causou um primeiro e grande prejuízo à sociedade, que é a quebra de valores morais. O que se fazer quando um ministro do Supremo Tribunal Federal, que já recebe o maior salário no País de seus empregadores, os cidadãos, sucumbe a uma tentação dessas, lançada por um governo de um condenado na Justiça, que terá seu recurso julgado pelo próprio contratado? O que essa gente tem na cabeça?!!!!

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