sexta-feira, 3 de abril de 2015

Incêndio em Santos se alastra e já dura mais de 29 horas


O incêndio nos tanques que armazenam combustíveis da Ultracargo, no bairro Alemoa, próximo ao Porto de Santos, no litoral paulista, já dura mais de 29 horas. A empresa informou há pouco que o incêndio em uma parte de seu terminal de Santos atinge cinco tanques de gasolina e etanol. O fogo começou na quinta-feira por volta de 10h da manhã e, segundo o Comando da Polícia Militar na Baixada Santista, pode durar de dois a quatro dias. O km 64 da Rodovia Anchieta e a Avenida Augusto Barata foram bloqueados, causando congestionamento. Segundo o último comunicado da Ultracargo, as operações de resfriamento dos tanques vizinhos à área afetada continuarão sem interrupção. "A estrutura dos tanques atingidos pelo fogo foi severamente afetada, o que torna mais complexa a operação de contenção do incêndio", comentou. Quinze pessoas foram atendidas no local e liberadas de imediato. Não há vítimas ou feridos entre os funcionários da companhia e equipes de combate ao incêndio. Após a explosão, o incêndio se alastrou por outros três tonéis - cada um com capacidade para armazenar 6 milhões de litros de combustível -, que pertencem à Ultracargo, especialista na estocagem de produtos químicos. Em nota, a companhia informou que todos os funcionários foram retirados do pátio assim que o alerta de incêndio foi disparado. Segundo a Ultracargo, ainda é prematuro especular sobre as causas do incêndio. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo, disse na quinta à noite que a equipe encontrava dificuldades para combater as chamas por causa da alta temperatura, que provoca evaporação da água antes que ela atinja o fogo. Desta forma, a estratégia dos bombeiros é manter o resfriamento, com auxílio de uma espuma especial, e aguardar que todo o combustível armazenado seja consumido pelo fogo. Cerca de oitenta homens do Corpo de Bombeiros e 35 viaturas (oito da capital e do ABC) trabalharam no local na quinta-feira. O incêndio também mobilizou funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Defesa Civil, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Polícia Militar e da Brigada de Incêndio da Guarda Portuária. A embarcação Governador Fleury, destinada ao combate de incêndios nos Portos de Santos e São Sebastião, foi enviada para o local para bombear água do mar para os caminhões. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a área atingida fica fora do porto. Cinco navios que estavam atracados foram retirados do local. A Codesp disse, porém, que o Porto de Santos não interrompeu os trabalhos e desmentiu a informação de que a Capitania dos Portos havia suspendido a navegação no estuário. A companhia informou que o movimento foi interrompido apenas na região do incêndio. De acordo com a prefeitura de Santos, o Samu atendeu quinze pessoas no local, todos homens com superaquecimento. "Não é queimadura. Isso acontece porque as vítimas são funcionários da área industrial, usam roupas pesadas, sofrem alterações na pressão arterial e aumento na temperatura corporal", afirmou. Ainda conforme a Prefeitura, crises nervosas e inalação de fumaça também foram registradas nos pacientes. Todos foram atendidos no local e liberados. No Pronto-Socorro Central de Santos, três pessoas com crises nervosas também foram medicadas e liberadas.

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